ΡarαІІєlΐsмø

simetria e entropia

Já sabia meu tempo, finito
Que por um breve momento
Não sei definir o que sinto
Só me resta esperar

A chuva neste lugar, se arrasta
Nem tempestade, nem borrasca
Lâminas horizontais de água
Oscilando pelo ar



Caindo feito plumas
De uma cor azul-alúmina
Iluminando a terra imunda
Lençóis de beleza extrema

No purgatório afunilado
Sou fração, valor quebrado
Porém, meu corpo arrebentado
Ainda retém minha existência


 
Dividido na terra e em pós-vida
Em minha consciência aturdida
A não-vida não a torna descontínua
Quando me divido, mais uma parte

De cima enxergo a terra
Se aproxima, mas nunca chega
Sou partícula em suspensão amena
Sou água em queda por toda a eternidade

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