ΡarαІІєlΐsмø

simetria e entropia

Estava eu sentado
Na beira do penhasco
Apertava o vento minha visão,
Procurava um certo pássaro
Que ali tal augusto Vasco
E caçá-lo por dever da profissão,
Embora, arrependido intrometer à natureza
Que mostrava nos céus e no mar sua beleza
Admira-lo era minha maior paixão;

Nomeei o Zéfiro
Pois tão destemido e intrépido
Vento, predador de avida rapina,
Aproveita da sua forma o dinamismo
Queda o céu com velocidade-abismo
Busca o alimento de sua aérea rotina,
Só, olvidando Bóreas e Noto
Mantém sua visão todo o terreno capto
É tornado prêmio, cobiçada relíquia;

Consentido de minha presença estava
De modo que, sempre que me aproximava
Voava ele, a outro bordão
Não entendia Zéfiro os humanos
que reservados a mover-se em seus dois planos
Eram exilados de sua predileta dimensão

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