Não queria ser o ar, nuvem me bastava
Passear no nimbo sem ter pressa alguma
Ameaçar chuva sobre aquela menina
Toda vez que minha forma ela decifrava
Não queria ser janela, e sim a visão
Não queria ser paisagem, queria ser distração
Não queria ser amigo, só a companhia
Não queria ser corpo, e sim alma
A tênue linha entre a mente e o mundo
Acompanhá-la nas feições do dia
Não queria ser maior, melhor ou pior
Não queria ser piano, queria ser si menor
Não queria ser lona, e sim o papel
Não queria ser giz, queria ser giz pastel